Monitorização da prescrição de profilaxia do Tromboembolismo venoso (TEV) em doentes de foro médico (DFM) no HBA

Gestão de Farmácia Hospitalar


Instituição

Hospital Beatriz Ângelo

Autores:

Filipa Tátá, Lúcia Soares, Pedro Cardoso, Raquel Figueiredo, Tiago Lobo, Miriam Capoulas, Eugénia Marques, Cláudia Santos

O que foi feito ?:

Avaliou-se o risco de TEV em doentes internados por patologia médica, através dos registos clínicos, utilizando o score de Pádua. Os doentes foram classificados de acordo com a prescrição, fatores de risco (FR) e contraindicação (CI). Analisou-se a utilização de um modelo de avaliação de risco de TEV.

Porque foi feito ?:

O TEV é um importante problema de saúde pública, pelo seu impacto em termos de morbilidade, mortalidade e custos associados. (1) A prevenção de TEV é uma estratégia prioritária para melhorar a segurança do doente. (2) Em Portugal, 39% dos doentes do foro médico tem risco para o desenvolvimento de TEV e destes 61% fazem prevenção do mesmo. (3) Apesar da percentagem de doentes com risco de TEV ser superior nos doentes cirúrgicos os DFM apresentam menor taxa de profilaxia. (3)

Como foi feito?:

Estudo observacional descritivo durante o mês de Setembro nos DFM admitidos no sector: 3.1, 3.2, 3.3, 4.1, 4.2, 4.3, 3.4 , com idade ≥18 anos. Foram excluídos todos os doentes com prescrição de anticoagulantes em dose tratamento. Através da validação da prescrição e consulta dos processos os doentes foram classificados de acordo com o score de Pádua, prescrição de HBPM e contraindicações em 5 populações : (a) com prescrição e sem FR ou (CI), (b) sem prescrição e com FR (c) com dose desajustada (d) com prescrição e com FR, (e) sem prescrição e sem FR ou CI. Foi feita intervenção farmacêutica nos doentes classificados em (a), (b) e (c), registou-se a intervenção farmacêutica, a justificação médica e a informação sobre a utilização de um modelo de avaliação do TEV.

O que se concluiu?:

Do total de doentes (218), 66,5% têm risco de TEV destes 58,7% não tem CI para profilaxia farmacológica. Dos 58,7%, 42% não tem prescrição de profilaxia ou tem dose desajustada. Da população sem risco de TEV 35,6% tem prescrição de profilaxia. Da população com risco de TEV e com cancro, 39% não tem profilaxia enquanto na população com risco de TEV e sem cancro 18% não tem prescrição. Foi realizada intervenção farmacêutica em 81% das prescrições com taxa de aceitação de 29%. A grande maioria dos médicos ainda não utiliza um modelo de avaliação de risco de TEV.

O que fazer no futuro?:

Criação de uma equipa multidisciplinar dedicada à profilaxia do TEV.
Criação de sistema de alertas electrónicos para avaliação do risco de TEV.
Aplicar este modelo de estudo aos restantes hospitais.

Palavras chave :

Tromboembolismo Venoso
Score Pádua

Mais informações:

para mais informações contacte os autores através do email : filipa.tata@hbeatrizangelo.pt

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