Instituição
Unidade Local de Saúde de Castelo BrancoAutores:
Maria do Carmo Duarte GonçalvesO que foi feito ?:
Existe elevada frequência de doentes idosos com co-morbilidades e polimedicados. São conhecidos os problemas relacionados com a polimedicação, resultantes de discrepâncias nas dosagens, posologias, interacções, efeitos adversos, falta de adesão e duração inadequada de tratamento. Acresce que o idoso apresenta características fisiológicas próprias e heterogéneas que predispõem à iatrogenia medicamentosa. A acção do farmacêutico junto destes doentes, integrando a equipa de saúde, tem como finalidade promover o uso racional dos medicamentos, optimizar terapêuticas e Existe elevada frequência de doentes idosos com co-morbilidades e polimedicados. São conhecidos os problemas relacionados com a polimedicação, resultantes de discrepâncias nas dosagens, posologias, interacções, efeitos adversos, falta de adesão e duração inadequada de tratamento. Acresce que o idoso apresenta características fisiológicas próprias e heterogéneas que predispõem à iatrogenia medicamentosa. A acção do farmacêutico junto destes doentes, integrando a equipa de saúde, tem como finalidade promover o uso racional dos medicamentos, optimizar terapêuticas e reduzir custos de saúde.
Porque foi feito ?:
Detectar discrepâncias que diminuem a efectividade e segurança dos medicamentos em idosos polimedicados major. Implementar a consulta farmacêutica de revisão de medicação, para doentes referenciados pelo Médico de Família. Integração do farmacêutico na equipa multiRecolha de informação sobre medicação crónica do doente prescrita nos últimos 6 meses, consultando o processo clínico. Elaboração do perfil farmacoterapêutico do doente. Observação do ‘saco’ de medicamentos e consulta farmacêutica com o doente para recolha de informação. Análise comparativa entre a medicação prescrita e a medicação do ‘saco’ do doente para detectar discrepâncias. Elaboração de relatório com achados e recomendações a enviar ao médico assistente.
Como foi feito?:
Amostra: 20 doentes; Média: 8 medicamentos; Patologias prevalentes: hipertensão arterial (65%), doenças cardiovasculares (60%), diabetes (50%) e doenças reumatológicas (35%). Grupos terapêuticos mais frequentes: anti-hipertensores (23%); anti-diabéticos (9,3%); Inibidores das bombas de protões (9,3%); ansiolíticos, sedativos e hipnóticos (6,45%)
Discrepâncias: Não adesão (21%); Medicação não prescrita (39%); Diferente dosagem (7%); Diferente posologia (32%); Duplicação terapêutica (5%); Potenciais interacções moderadas (100%); Potenciais interacções graves (40%); duração inadequada do tratamento (20%)
O que se concluiu?:
A consulta farmacêutica permite identificar discrepâncias, possibilitando a intervenção imediata do farmacêutico na correcção de erros não intencionais e não documentados, evitar PRM, melhorar a adesão e gestão terapêutica e prestar informação relevante ao Médico de Família. Importância da integração do farmacêutico nos CSP, para promover o uso racional e responsável de medicamentos e terapêuticas complementares, melhorando a qualidade de vida dos doentes, aumentando a eficiência e sustentabilidade do SNS.
O que fazer no futuro?:
Detectar discrepâncias que diminuem a efectividade e segurança dos medicamentos em idosos polimedicados major. Implementar a consulta farmacêutica de revisão de medicação, para doentes referenciados pelo Médico de Família. Integração do farmacêutico na equipa multidisciplinar dos CSP. Aumentar a literacia do doente e a sustentabilidade do SNS.
Palavras chave :
consulta farmacêuticaCuidados de saúde primários
farmaceutico hospitalar nos CSP
literacia
segurança
sustentabilidade