Grávida de baixo risco: Como ajudar o médico a prescrever?

Gestão de Farmácia Hospitalar


Instituição

Hospital da Luz Lisboa

Autores:

Ana Rita Silva, Andreia Duarte

O que foi feito ?:

Elaborar um guia de bolso com a classificação dos medicamentos não sujeitos a receita médica indicados para as seguintes sintomatologias: controlo da dor; controlo da sintomatologia associada a constipações; alterações gastrointestinais e alterações cutâneas, de acordo com a classificação da Food and Drug Association (FDA), para os médicos de medicina geral e familiar.

Porque foi feito ?:

Na grávida de baixo risco podem ocorrer situações patológicas idênticas à restante população como por exemplo enxaquecas, lombalgias, alterações gastrointestinais, entre outras. No entanto, para a generalidade da população estas patologias podem ser solucionadas recorrendo a fármacos de venda livre, nas grávidas essa mesma medicação pode estar contra indicada. Face a esta particularidade foi solicitada colaboração dos serviços farmacêuticos para elaboração de um guia terapêutico para disponibilizar a todos os médicos do hospital, em particular ao de medicina geral e familiar (MGF).

Como foi feito?:

Para elaboração da lista de medicamentos a incluir no guia de fármacos, primeiramente foi necessário definir quais as patologias/ sintomatologias em nos iríamos focar. Esta escolha foi feita em colaboração com a responsável pelo serviço de obstetrícia, Dr.ª Paula Arteaga. Seguidamente e focando o nosso trabalho na grávida de baixo risco selecionaram-se alguns fármacos que são prescritos a não grávidas para as patologias/sintomatologias escolhidas. Esses fármacos foram assim analisados face à sua segura utilização na grávida de baixo risco recorrendo a ferramentas como o resumo de características do medicamento, o sítio da FDA, a plataforma online UpToDate. O guia foi disponibilizado aos médicos do Hospital da Luz Lisboa para sua utilização e consulta.

O que se concluiu?:

A prescrição de medicamentos a grávidas é sempre um ato que pode colocar em risco o bem-estar materno-fetal, nesse sentido é tão importante ter ferramentas de apoio que maximizem a segurança do doente. O guia elaborado é assim um instrumento de auxílio a todos os médicos que necessitem de tratar patologias/sintomatologias a grávidas de baixo risco e mostra que existem muitos fármacos de utilização segura nesta população especial.

O que fazer no futuro?:

No futuro poder-se-à alargar esta metodologia a outros grupos terapêuticos para que a informação seja compilada e divulgada junto dos clinicos, uma vez que se trata de um grupo tão especial de doentes.

Palavras chave :

grávida; medicamento
 
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