ESTRATÉGIA DE MINIMIZAÇÃO DE DESPERDÍCIO EM ONCOLOGIA

Gestão de Farmácia Hospitalar


Instituição

Hospital da Luz

Autores:

Rosado, Nazaré; Silva, Ana Rita

O que foi feito ?:

Avaliação do impacto financeiro na alteração do sistema de transferência de fármacos na preparação de anti-neoplásicos.

Porque foi feito ?:

As Boas Práticas na Preparação de Citotóxicos recomendam a manipulação em câmara de fluxo de ar laminar vertical (CFLV) utilizando técnica asséptica, de forma a garantir a esterilidade da preparação final. O sistema de transferência de fármacos representa um recurso adicional importante que imprime rapidez na preparação (em comparação com a agulha) e segurança do operador na exposição aos aerossóis.
As unidades centralizadas na farmácia, para além de optimizarem o consumo das ampolas entre doentes, desperdiçam sempre uma quantidade significativa de fármaco, que perde a esterilidade quando sai da CFLV tendo de ser eliminado.
Na tentativa de reduzir o desperdício, pesquisaram-se alternativas e tendo sido encontrado um novo sistema que garante a estanquicidade da ampola mesmo depois de aberta, durante um período de 7 dias (sempre que a estabilidade fisico-quimica do fármaco o permitir), mas que implicava um gasto duas vezes superior na despesa com consumíveis. O compromisso do presente trabalho será avaliar a rentabilidade deste investimento.

Como foi feito?:

Durante o ano de 2016, efetuou-se o registo diário do desperdício e poupança na manipulação de citotóxicos com o novo dispositivo de transferência de fármacos e retrospetivamente analisou-se o valor monetário poupado versus o investimento realizado com a aquisição do novo sistema.

O que se concluiu?:

O acréscimo na despesa hospitalar com a aquisição deste consumível atingiu o valor anual de 9000€. Contudo, a análise efectuada ao registo de ampolas que não foram gastas com o reaproveitamento dos desperdícios de cada dia resultou numa economia global no valor de 83.605,93€. Fazendo o balanço poupança vs custo, encontramos 74.605,93€ de saldo positivo.
O farmacêutico hospitalar em Oncologia, para além das competências técnicas e clínicas, tem revelado um desempenho importante na gestão orçamental dos fármacos.
Com a emergência dos medicamentos inovadores, a área oncológica representa um setor que acarreta um incremento económico considerável .Para além do custo unitário de cada fármaco e a tentativa de reaproveitamento de ampolas entre tratamentos, o desperdício diário é um problema que todas as unidades centralizadas de citotóxicos assumem, sendo por isso de extrema relevância a optimização de recursos aliada à componente farmacoeconómica da actividade farmacêutica.

O que fazer no futuro?:

Gestão de desperdício nas unidades centralizadas de preparação de citotóxicos

Palavras chave :

desperdício
citotóxicos
estabilidade físico-química
esterilidade
 
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