Biológicos - Estudo observacional retrospetivo dos motivos de Switch por falência terapêutica

Gestão de Farmácia Hospitalar


Instituição

Unidade Local de Saúde de Castelo Branco

Autores:

Nelson Santos, Ana Roque, Sandra Queimado

O que foi feito ?:

Análise retrospetiva dos motivos de falência terapêutica que levaram ao Switch para tratamentos com moléculas diferentes, tendo como base os pedidos de autorização submetidos à CFT/Direção Clínica da ULSCB.

Porque foi feito ?:

Apesar da evidência científica atual sobre segurança e eficácia dos medicamentos biossimilares, e das orientações emanadas pela CNFT, continuam a persistir dúvidas quer por parte dos profissionais de saúde, quer dos doentes quanto a esta evidência. Por este motivo, decidiu-se verificar a prevalência das falências terapêuticas nos tratamentos com medicamentos biossimilares, com o medicamento biológico de referência, assim como medicamentos que ainda não têm medicamento biossimilar.

Como foi feito?:

Na ULSCB todos os pedidos de início de terapêutica assim como as mudanças de terapêutica para medicamentos de grande impacto económico são sujeitos a avaliação e autorização da CFT / Direção Clínica. Desta forma foi construída uma base de dados com todos os pedidos de switch por motivos de falência terapêutica de 01/01/2017 a 31/12/2021. Foram considerados os medicamentos para tratamento das patologias artrite reumatoide, espondilite anquilosante, artrite psoriática e psoríase em placas, de acordo com portaria 48/2016 e para a doença de Crohn, portaria 351/2017. Na base de dados foram considerados os seguintes elementos: data da troca, caracterização do doente (iniciais do doente, processo, idade e género), terapêutica inicial e duração até falência terapêutica, marca do medicamento biossimilar/biológico de referencia, motivo da troca, tipo de falência e/ou RAM, e medicamento selecionado após falência Terapêutica.

O que se concluiu?:

A Falência terapêutica não é exclusiva nem tem uma
maior incidência no tratamento com medicamentos biossimilares.

O principal motivo de switch tem a ver com a perda de eficácia ou doença refratária ao tratamento ou a presença de anticorpos, que ocorre normalmente com tratamento há mais de 6 meses.

Concluímos que é segura a implementação de Switch para o medicamento biossimilar de menor custo.

O que fazer no futuro?:

A evidência apresentada levou a uma mudança de paradigma na prescrição de medicamentos biossimilares e a concordância unânime de todas as especialidades na implementação do switch para o medicamento biossimilar/originador de menor preço em doente estáveis em tratamento à mais de 6 meses. O papel do Farmacêutico em colaboração com as equipas multisdisciplinares e com o doente no centro do sistema, é fundamental na sustentabilidade do SNS e na segurança do doente.

Palavras chave :

Switch
Biossimilar
sustentabilidade
Segurança
Eficácia
 
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