Implementação da farmacovigilância ativa das vacinas contra a COVID 19 na Unidade Local Saúde de Castelo Branco (ULSCB)

Gestão de Farmácia Hospitalar


Instituição

Unidade Local Saúde Castelo Branco

Autores:

Rita Moras, Sandra Queimado, Rita Gardete

O que foi feito ?:

Foi implementado um circuito de monitorização de reações adversas (ADRs) à vacina contra a COVID 19. Os Serviços Farmacêuticos (SF) da ULSCB têm uma participação ativa em todo o circuito da vacinação contra a COVID 19: receção, distribuição, preparação, articulação com os centros de saúde da área da abrangência da ULSCB e farmacovigilância. Deste modo, o processo de notificação de ADRs foi facilitado e agilizado pelos farmacêuticos que estiveram sempre presentes em todo o circuito da vacinação COVID 19, quer no hospital quer no centro de vacinação.

Porque foi feito ?:

As vacinas contra a COVID 19 foram desenvolvidas e produzidas num curto espaço de tempo para combater a pandemia. O tempo para a monitorização dos efeitos adversos na fase 3 da produção do medicamento não foi muito extenso, pelo que se torna essencial a farmacovigilância ativa da vacina contra a Covid 19 para a deteção de mais efeitos adversos e da sua gravidade.

Como foi feito?:

Foi elaborado o procedimento e um impresso próprio de farmacovigilância ativa para a vacina COVID 19 e divulgados aos vários profissionais de saúde envolvidos na vacinação, ficando estes sensibilizados para a importância de deteção dos efeitos adversos. Deste modo, a farmacovigilância efetuada quer por inquérito aos doentes (2ª dose) ou por notificação espontânea, é rececionada nos serviços farmacêuticos e notificada ao Sistema Nacional de Farmacovigilância através da Unidade de Farmacovigilância da Beira Interior, sendo depois atribuída uma relação de causalidade.

O que se concluiu?:

Os diferentes profissionais de saúde mostraram se recetivos e alerta para a notificação de reações adversas a vacina da COVID 19.
A intervenção do farmacêutico na monitorização de ADRs torna se essencial em vários processos chave: sensibilização junto dos diversos profissionais de saúde da necessidade de farmacovgilância ativa; elaboração de procedimentos e notificação de ADRs. Foram notificadas um número elevado de reações adversas, 539 em 2021.
O aparecimento de reações adversas e sua gravidade permitem o aparecimento de novos procedimentos e alertas sobre a gravidade de vacinas. Com o surgimento de casos de tromboembolismo, os SF elaboraram um algoritmo de rastreio de eventos tromboembólicos no seguimento contra a vacinação da COVID 19.

O que fazer no futuro?:

Continuar com ações de sensibilização de farmacovigilância à vacina COVID 19 aos profissionais de saúde e utentes. Estando os SF integrados numa Unidade Local de Saúde, torna-se mais facilitada a articulação com enfermeiros responsáveis pela administração da vacina COVID 19 e deste modo a notificação de ADRs.
A farmacovigilância e sua implementação deve ser aplicada a todos os medicamentos e, dada a adesão à farmacovigilância da vacina COVID 19, vão se efetuar campanhas de sensibilização juntos dos centros de saúde para a notificação de ADR de qualquer medicamento.
Podem existir reações adversas, por exemplo raras ou de aparecimento tardio, que não são detetadas durante a fase experimental do medicamento. Estas reações adversas poderão ser identificadas através da notificação espontânea com a utilização mais alargada do medicamento.

Palavras chave :

COVID-19
Farmacovigilância
 
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