Instituição

Hospital Da Luz Lisboa

Autores:

Jesus Cotrina Luque, Cátia Pereira, Maria José Rei, Miriam Capoulas, Cláudia Santos

O que foi feito ?:

Descrever a experiência na utilização de remdesivir num hospital privado e avaliar a resposta clinica como antiviral em doentes com doença grave a COVID-19

Porque foi feito ?:

Na altura do estudo, remdesivir era o único fármaco aprovado pela Agência Europeia do Medicamento para tratar SARS-COV-2 em doentes adultos e adolescentes com pneumonia grave, com necessidade de suplementação de oxigênio.

Como foi feito?:

Estudo observacional retrospetivo.

Critérios de inclusão: doentes com terapêutica com remdesivir durante os meses de Outubro – Dezembro 2020. Seguimento pós alta até Março 2021.

Variáveis recolhidas: demográficas ( idade, sexo, dias de terapêutica com remdesivir)
– Eficácia: saturação de oxigênio ao inicio e a no fim da terapêutica com remdesivir, dias de sintomas desde o inicio da confirmação laboratorial de COVID-19, tempo até recuperação definido como alta ou internamento hospitalar para controlo sintomático da doenºa e taxa de mortalidade.
– Segurança: efeitos adversos reportados associados à terapêutica com remdesivir

O que se concluiu?:

A terapêutica com remdesivir não se conseguiu associar com melhoria clinica nos doentes com doença grave a COVID-19 já que o tempo médio até recuperação foi maior do que os casos que estão descritos na literatura (10 dias no Ensaio Clinico Adaptive) mas parece ser uma alternativa terapêutica segura.
Estes resultados alinham com os estudos promovidos e publicados pela Organização Mundial da Saúde, que recentemente emitiu recomendações acerca do uso deste medicamento.

O que fazer no futuro?:

Foi elaborado um protocolo de utilização do remdesivir em doentes selecionados.
Cabe às Instituições de Saúde num futuro e, face a aparição das novas alternativas terapêuticas frente a COVID-19, estabelecer o posicionamento terapêutico deste medicamento.

Palavras chave :

COVID-19
remdesivir
Segurança
eficâcia