Terapêutica Dupla em VIH – Será igualmente eficaz?

Infecciologia


Instituição

Hospital Beatriz Ângelo

Autores:

P. SANTOS, H. MELO, C. CAÇOTE, A. LOBA, S. ALMEIDA, M. CAPOULAS, C. SANTOS

O que foi feito ?:

A terapêutica para o VIH começou com apenas um fármaco, Zidovudina, que não era eficaz o suficiente, e desde 1996 que surgiu a terapia anti-retroviral de alta eficácia (HAART), terapêutica tripla, que se mostrou ser eficaz para evitar que pessoas infetadas pelo VIH morressem devido à infeção pelo vírus. Neste momento, assistimos a uma mudança de Paradigma com o aparecimento da terapêutica dupla, que requer medicamentos suficientemente fortes para manter a carga viral totalmente suprimida e prevenir o desenvolvimento de resistências aos medicamentos. O nosso hospital abrange uma população de 278 mil habitantes, realizamos mensalmente cerca de 1500 dispensas de medicação na farmácia de ambulatório. Estas dispensas podem ser de uma ou mais Especialidades, tais como Doenças Infecciosas, Oncologia, Neurologia, Pneumologia, Nefrologia, Pediatria, entre outras. Dentro das doenças Infecciosas, temos bastantes pessoas que vivem com VIH (PvVIH), das quais temos realizado inícios ou switch terapêuticos com um dos regimes de terapêutica dupla, como tal vamos demonstrar qual tem sido a evolução da nossa população sob o esquema Dolutegravir/Lamivudina (DTG/3TC).

Porque foi feito ?:

Com o intuito de caracterizar a nossa população que vive com VIH sob o regime DTG/3TC.

Como foi feito?:

Fizemos recolha e análise retrospectiva de dados do nosso programa de dispensas em ambulatório e do processo clínico das Pessoas que vivem com VIH (PvVIH) sob Dolutegravir/Lamivudina (DTG/3TC), desde Agosto 2020 até Abril de 2021.

O que se concluiu?:

Todas as PvVIH do nosso ambulatório, naives ou experimentados, que iniciaram DTG/3TC e que tiveram reavaliação mantiveram a CV suprimida, o que demostra claramente a eficácia mantida com este novo regime de terapêutica dupla.

O que fazer no futuro?:

Importante salientar, que menos fármacos implicam menos reacções adversas, menos interacções medicamentosas, menor toxicidade a curto e longo prazo e melhor tolerabilidade, o que pode permitir diminuir o número de hospitalizações, diminuir as idas às urgências, redução de custos e aumentar a Compliance, Outcomes e a Qualidade de Vida nesta população.

Palavras chave :

Eficácia
Terapêutica Dupla
VIH
 
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