Tratamento com ibrutinib: Uma Análise Retrospetiva às Principais Toxicidades na Prática Clínica

Oncologia


Instituição

Hospital da Luz Lisboa

Autores:

Joana Simões; Fábio Glória ; Andreia Colaço; José Branco; Carolina Marques ; Maria Rosado; Alexandra Madureira; João Santos; Dolores Prudêncio; Miriam Capoulas; Cláudia Santos

O que foi feito ?:

O ibrutinib teve um papel revolucionário no standard of care das doenças hemato-oncológicas, com aumento da sobrevivência e diminuição de toxicidade associada à quimioterapia endovenosa.
Contudo, a prevalência de diferentes toxicidades é um tema cada vez mais relevante, existindo dados de vida real que demonstram taxas de suspensão de tratamento entre 25-51%.

Porque foi feito ?:

Caracterizar o perfil de segurança do tratamento com ibrutinib em doentes hemato-oncológicos seguidos num contexto de setor privado da saúde, e determinar as taxas de suspensão, ajustes de dose ou manutenção de tratamento.

Como foi feito?:

Estudo dos doentes tratados com ibrutinib entre julho/2018 e janeiro/2024, com caracterização quanto ao género, idade, período do tratamento, existência de fatores de risco prévios, toxicidades descritas após o início do tratamento e ações tomadas perante as mesmas. A informação foi recolhida com recurso ao diário clínico informático, sendo posteriormente registada e analisada em Excel.
As toxicidades a analisar foram definidas com base em bibliografia e dados recolhidos no âmbito de consulta farmacêutica, sendo estas a ocorrência de arritmias cardíacas (AC), hipertensão arterial (HTA), hemorragias, infeções e toxicidades cutâneas (TC).

O que se concluiu?:

Comparando com o RCM, verifica-se que a prevalência de infeções no nosso estudo enquadra-se com a bibliografia (50% versus 51%). No que diz respeito aos eventos de AC e de TC, o estudo revela um resultado de 27,8% para ambos os eventos, face aos valores de 12 e 15%, respetivamente, descritos em RCM. Observou-se elevada prevalência de toxicidades nos doentes do estudo, ainda que a maioria mantenha o tratamento com ibrutinib. Considera-se que na população estudada, a existência de fatores de risco prévios não teve um impacto considerável.

O que fazer no futuro?:

A existência de estratégias para prevenção e minimização das intolerâncias reportadas são de extrema importância, maximizando a eficácia obtida e evitando as suspensões de tratamento.

Palavras chave :

ibrutinib
toxicidade
oncologia

Mais informações:

para mais informações contacte os autores através do email : martins.marques@hotmail.com

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