Implementação de estratificação no doente oncológico

Oncologia


Instituição

HSOG

Autores:

Ana Rita Fortunato, Cátia Barbosa, Ariana Araújo

O que foi feito ?:

Nos últimos anos, os sistemas de saúde têm vindo a transformar-se, com o principal objetivo de melhorar os cuidados de saúde prestados aos doentes, nomeadamente ao doente em ambulatório. De forma a garantir que o plano de cuidados, no que toca ao acompanhamento farmacêutico, está adequado às necessidades ao doente, tornou-se necessária a estratificação das necessidades do doente, tendo em conta, também a escassez de recursos.
Foi implementado o Modelo de estratificação dos doentes oncohematológicos, desenvolvido no âmbito do projeto MAPEX, da Sociedade Espanhola de Farmácia Hospitalar.

Porque foi feito ?:

A implementação do modelo de estratificação dos doentes oncohematológicos teve como principais objetivos uniformizar e otimizar as estratégias de acompanhamento farmacêutico, valorizando as estratégias que mais contribuem para a qualidade de vida dos doentes.
A estratificação dos doentes passou a ser decisiva na avaliação farmacêutica dos doentes, orientando o plano de cuidados personalizado.

Como foi feito?:

Para que seja possível utilizar esta ferramenta na prática diária, é imprescindível a sua informatização e associação automática ao doente.
Foi elaborada uma lista de todas as variáveis que compõem a ferramenta de estratificação e respetiva pontuação e esta lista foi parametrizada pelo sistema informático utilizado no hospital de forma a permitir um cálculo rápido da pontuação total do doente.
As variáveis estão organizadas em 4 blocos: demográficas, sócio sanitárias do estado cognitivo e do estado funcional, clínicas e de utilização dos serviços de saúde e relacionadas com o tratamento. Os doentes são distribuídos de acordo com a sua prioridade, em 3 diferentes níveis. Cada grupo tem definidas as estratégias que devem ser utilizadas, tal como preconizado no modelo original.
As estratégias são definidas em 3 áreas: seguimento farmacoterapêutico, formação e educação ao doente e coordenação com a equipa multidisciplinar.

O que se concluiu?:

A informatização deste tipo de ferramentas é imprescindível para a aplicação na prática clínica da atividade farmacêutica.
A visualização das variáveis utilizadas na avaliação da prioridade permite estruturar clinicamente os registos no processo clínico e auxilia a condução da entrevista farmacêutica.
A estratificação do doente e a valorização da respetiva prioridade facilita o conhecimento das necessidades de acompanhamento farmacêutico por toda a equipa envolvida nos cuidados ao doente.

O que fazer no futuro?:

No futuro importa analisar resultados e definir indicadores.
Tendo em conta a existência de modelos de estratificação para diversas patologias, pode ser útil a sua implementação no contexto de consulta farmacêutica ao doente em ambulatório.

Palavras chave :

oncologia
Cuidados Farmacêuticos
 
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