Instituição
Centro Hospitalar Universitário Cova da Beira, E.P.E.Autores:
Idalina Freire, Marta Mendes, Inês Eusébio, Maria Olímpia FonsecaO que foi feito ?:
Foi definida uma metodologia para sinalização de doentes com sondas enterais (p.e., SNG) e avaliação da adequabilidade de administração de fármacos orais sólidos por esta via.
Porque foi feito ?:
Este trabalho veio possibilitar a avaliação da viabilidade de administração de medicamentos orais sólidos por sonda, pelos serviços farmacêuticos, de modo a identificar formas farmacêuticas não adequadas a esta via de administração: comprimidos que não podem ser triturados, cápsulas que não podem ser abertas, cuidados na manipulação/administração de citotóxicos orais, etc. Pretende-se assim disponibilizar informação sobre a técnica a utilizar, os cuidados na manipulação, sinalizar interações com alimentos ou dietas, entre outras; e ainda identificar e sugerir alternativas disponíveis na instituição quando não é possível a administração por sonda enteral do medicamento prescrito.
Como foi feito?:
Foram sensibilizados os médicos prescritores para sinalizar que o doente possui uma sonda enteral, colocando essa informação no campo das observações à dieta ou nas observações gerais da prescrição. A partir dessa altura, passou a ser emitida diariamente uma listagem onde consta esta informação e que permite ao farmacêutico rever a medicação e avaliar a adequabilidade de administração dos fármacos prescritos por sonda. É colocado no campo de observações de receção da prescrição, para cada medicamento oral sólido, a técnica mais adequada à administração e outras informações relevantes. Sempre que o medicamento não possa ser administrado por sonda, o farmacêutico coloca informação na receção da prescrição, que surge como alerta quando o médico entra na prescrição, e é disponibilizada a informação de alternativas existentes na instituição.
Para agilizar este processo, foi criada uma base de dados com informação recolhida em diversas fontes bibliográficas, sobre a possibilidade de administração de fármacos orais sólidos por sonda, incluindo fármacos citotóxicos, técnicas de manipulação e respetivos cuidados e administração.
O que se concluiu?:
Existem formas farmacêuticas orais sólidas que não podem ser administradas por sonda (p.e., comprimidos de libertação modificada, comprimidos gastrorresistentes, uma vez que pode existir o risco de toxicidade ou perda de eficácia do fármaco). Esta metodologia permite identificar os doentes com sondas entéricas, incrementando deste modo a segurança na utilização do medicamento e também minimizar os riscos de exposição dos profissionais de saúde que preparam e administram os fármacos orais sólidos, por exemplo, quando se tratam de fármacos citotóxicos.
O que fazer no futuro?:
Esta metodologia está implementada em todos os serviços de internamento da instituição. A informação fica disponibilizada informaticamente e, para as equipas de enfermagem, é impressa a tabela terapêutica com a informação na primeira prescrição e após cada alteração terapêutica que implique atualização de informação.
Palavras chave :
Administração de medicamentos por sondasSondas entéricas
Sonda nasogástrica